quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Entrevista com Simone Mazzer

Por Vitor Struck

Aproveitamos a passagem da cantora por Londrina neste início de 2011 para uma rápida conversa. Simone, que mora no Rio de Janeiro, falou sobre o início da carreira com o Chaminé Batom, o cenário musical de Londrina e também sobre o projeto Banda Nova. Você confere a entrevista editada a seguir.

Quais as principais diferenças da época do Chaminé Batom e dos dias de hoje?

Bom, lá se vão quase dez anos. O que eu percebo aqui é que existe uma saudável proliferação de músicos e musicistas, afinal naquela época o curso de música da UEL estava começando. E claro, daquela época para cá com a tecnologia, hoje o músico tem uma auto-suficiência muito maior, no sentido de poder colocar seu produto na internet e produzí-lo sem a necessidade de uma gravadora. A música cresceu muito aqui em Londrina.

Na sua opinião, o que uma banda precisa para não ser apenas mais uma?

Em toda profissão né!, deve-se buscar um diferencial. Alem de abdicação, muitas vezes dedicação exclusiva, entrega, mas isso é inerente a profissão. Qualquer área, seja na música, no teatro, na dança, na medicina, na agropecuária, qualquer um que não se dedica não sai do lugar. E na música isso fica muito visível pois devido a essa facilidade que falávamos agora pouco, qualquer um pode gravar um disco de hoje para amanhã e se ele der sorte vira sucesso mundial!!

E quem você acredita que tem esse diferencial?

Existem algumas pesquisas e eu gosto muito da Amy Winehouse, uma cantora que vem de uma família de músicos, ela busca do jeito dela uma outra forma de se colocar, isto não tem nada a ver com a personalidade dela nem com as atitudes, mas a música dela é muito interessante!
E pra mim a absoluta é a Bjork!!

E o que você ressalta de especial nesta última passagem por Londrina?

Eu gostei muito de ser convidada para esta 20ª edição do Viva Elis lá no Valentino à convite do Chammé. Foram duas noites maravilhosas, com um clima bem nostálgico afinal, encontrei pessoas que não via a bastante tempo!

E o projeto Banda Nova?


Já ouvi falar pelo Silvio (Ribeiro, diretor da Escola) e pela internet, acho uma iniciativa importantíssima. Eu acredito que qualquer iniciativia que vise esse tipo de estímulo é muito válida, nós sabemos como é difícil produzir cultura nesse país. Acho fundamental que este tipo de projeto aconteça, tanto para a Funcart, quanto para as bandas. E ainda sai com um material bacana!, pô gente, isso é ouro!


Você conhece o trabalho de alguma banda aqui de Londrina?


Eu andei escutando dois trabalhos que me chamaram mais a atenção: o Cluster Sisters, achei um tipo de abordagem muito interessante, são três vozes lindas muito bem aproveitadas e também a banda Terra Celta que escutei no estúdio quando fui ensaiar, achei uma experiência curiosa.

Outros que eu gostei de ter conhecido foi o Base 2 e o Mayanga Project. Tem rolado uma coisas muito interessantes por aqui!

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