segunda-feira, 21 de março de 2011

Jovens velhos ou velhos jovens?

Por Vitor Struck

A antítese presente no título desse post indica algo que tenho observado a algum tempo em mim e em pessoas ao meu redor. Mesmo sendo auto-explicativo vamos descorrer sobre ela, porque não? O assunto rende, talvez um psicólogo poderia ajudar.
De onde vem o gosto pelo antigo? De onde vem essa nostalgia de uma época em que não vivevemos? (Agora mesmo está rodando um "bolachão" no meu toca-discos, mas não é muito mais fácil entrar no youtube?)

A resposta pode parecer simples: nas artes, o que de melhor já foi feito! Simples. Se existisse um gráfico, muito provavelmente seria decrescente. O resultado da expressão artística foi se massificando, tornando-se vendável e muito, muito lucrativo. Veja bem, não estamos aqui pra julgar ninguém. Voltemos ao passado (óbvio).

Conheci algumas figuras interessantes de serem citadas, todas com seus vinte e poucos anos: um cara que tem mais de cem discos de vinil (chegou a pagar R$150,00 pelo Led Zepelin II original), outro que mesmo tendo condições de ter um carro potente e confortável, optou pelo charme e simplicidade de um fusquinha da década de 60. Tem ainda uma grande amiga minha dos pampas que não se contenta em apenas *'comer, rezar e amar', muito menos no bruxinho voador e nos vampiros bonitões. A literatura que ela consome vai de Nelson Rodrigues a Clarice Lispector, lê Ferreira Gullar e até Lord Byron. Jack Kerouac, Trumam Capote, Hunter Thompson.. enfim, dá gosto de conversar com ela. 17 anos! 17 anos minha gente, uma pirralha!

Jovens de ideias arejadas. Gostos requintados, informação! Nostalgia não é problema, como muitas pessoas pensam. É conhecendo o passado que entendemos o presente. É conhecendo Ella Fitzgerald e Luis Armstrong que entendemos Amy Winehouse. É conhecendo Jimi Hendrix e Stevie Ray Vaughan que entendemos John Mayer.

Saudosismos á parte, tecnologia existe e está aí para nos ajudar. Não vejo isso como contradição, se visse, não poderia escrever em um blog como esse!
E é isso aí, vamos ouvir Justin Bieber que de velho já basta a Hebe!

*Nota do autor: 'Comer, Rezar e Amar', livro de Elizabeth Gilbert que vendeu 4 milhões de cópias. É mole?

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